Quer-se nestas páginas discutir com sólido apoio documental e criticismo rigoroso, interno, as propostas que, no Brasil, vêm buscando conferir à área acadêmica de comunicação uma fundamentação científica distinta e autônoma. Verificado o fracasso da maior parte destes projetos, a conclusão proposta pela obra é a de que, se há interesse em desenvolver o embasamento do referido campo, o caminho para tanto se encontra essencialmente na filosofia da técnica, em vez da teoria da ciência.
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DATA DE REMESSA PREVISTA: 31.01.2023
“O avanço das tecnologias digitais nas últimas décadas foi sentido por todas e todos, mas por cada um de maneira diferente – e não poderia ser outra maneira também para o conhecimento histórico. Sobre essa apreciação, pesa o reconhecimento da interrelação entre processos globais e cenários locais. Quais os limites das disciplinas científicas frente ao desenvolvimento, que parece torná-las obsoletas, das novas tecnologias? Por outro lado, quais mudanças eram esperadas e parece que não aconteceram? Afinal, se todas e todos nos digitalizamos de alguma maneira, por que parece que poucos praticam efetivamente história digital? Caminhos da história digital no Brasil, organizado por Thiago Lima Nicodemo, Alesson Ramon Rota e Ian Kisil Marino, traz uma série de contribuições de pesquisadoras e pesquisadores de destaque no país para refletir sobre essas questões. Em torno às contribuições, uma mesma preocupação: qual é o caráter de uma historiografia informada pelo digital que seja marcadamente brasileira? O que o Brasil tem a oferecer ao panorama atual das relações entre o conhecimento histórico e as tecnologias digitais?”
Pedro Telles da Silveira
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Contar a história da pandemia de COVID-19 envolverá o esforço de encadear acontecimentos na trama narrativa da maior tragédia global dos nossos tempos. Os vestígios da pandemia apontam para todos e estão espalhados por todo o mundo. E não fomos (ou, somos) somente vítimas da COVID-19 e de seus desdobramentos sanitários, políticos, socioemocionais e econômicos: somos todos testemunhas desse evento. Entretanto, se a produção de documentos desse período não poderia ser maior, a preservação dessas pistas não é automática ou simples, pelo contrário. Como captar vestígios que representem a variedade de agentes e locais atingidos pela pandemia? Qual o formato desses documentos? Como organizá-los? Onde dispô-los para que sejam acessados? Como preservá-los de forma permanente? Este livro registra a história da luta pela memória da COVID-19 no Brasil. Com contribuições de todas as regiões brasileiras, envolvendo os mais diferentes agentes e as mais criativas respostas às questões colocadas acima, temos aqui uma história da luta por histórias, a partir da perspectiva de seus protagonistas.
Este livro reúne importantes reflexões sobre a especialidade da História que mais repercute: a História do Tempo Presente. Durante muito tempo, ela foi vista com prevenção pelos tradicionalistas porque, supostamente, os historiadores deveriam se dedicar apenas ao passado remoto, mas se consolidou nas últimas décadas ao tratar daqueles assuntos que mais de perto nos tocam: a história que temos vivido. No Brasil, o Programa de Pós-graduação em História da UDESC firmou-se como a principal referência nesse campo, desde que, em 2007, adotou a História do Tempo Presente como área de concentração. Esse reconhecimento se ampliou com o lançamento da revista Tempo & Argumento, em 2009, e com a realização do ciclo de seminários internacionais que se iniciou, em 2011, com o I Seminário Internacional de História do Tempo Presente. Este livro apresenta capítulos sobre os treze simpósios temáticos que congregaram dezenas de trabalhos apresentados durante o IV Seminário Internacional de História do Tempo Presente – programado para 2020 e efetivado apenas no ano seguinte em função da pandemia. Cada capítulo foi escrito em parceria entre um pesquisador da UDESC e convidados de outras instituições. Com isso, o leitor tem em mãos avaliação historiográfica e teórica bastante precisa e atualizada sobre os variados temas que configuram nossa especialidade.
As origens do que hoje é a Alemanha têm raízes muito antigas. Elas podem ser relacionadas tanto à história do Sacro Império Romano Germânico do Ocidente quanto à divisão do Império Carolíngio por meio do Tratado de Verdun, em 843. Mas, o surgimento, de fato, daquilo que hoje entendemos como o Estado alemão, foi o resultado de um longo processo vivido em torno e a partir da Unificação Alemã. Até meados de 1806, o que chamamos de Alemanha era um mosaico de 348 Estados independentes ou semiautônomos, que se desintegraram após as Guerras Napoleônicas e que foram unificados mediante esforços diplomáticos e militares ocorridos, sobretudo, entre 1863 e 1871. Ao lado da diplomacia e das armas, um ingrediente fundamental naquele processo foi o nacionalismo. Em outras palavras, a existência e a disseminação de um sentimento que fomentava uma identificação naqueles povos germânicos conectando-os a uma comunidade imaginada e a uma identidade política coletiva em formação: a nação alemã.
Revirando papeis no fundo do armário em meu escritório, deparei-me com o esboço para um desejado livro com textos inéditos de Ranke em língua portuguesa de meados de 2008. Um projeto muitas vezes adiado diante das dificuldades e do excesso de trabalho. A experiência com traduções até então acumulada indicava a impossibilidade de verter uma obra inteira do maior historiador de todos os tempos, trabalho que exigiria anos de dedicação intensa e acurada revisão. Uma tarefa sempre postergada que parecia estar aquém das minhas possibilidades. Mesmo capítulos como A crítica sobre os novos historiadores (do qual tenho uma versão traduzida pela amiga Sara Baldus) não deixavam de trazer dificuldades adicionais, como as extensas citações em latim e de trechos de Guicciardini que, naturalmente, exigiriam cotejar com o original em italiano, sabendo-se dos descuidos de Ranke nessas transcrições e na indicação das páginas que costumava citar. Tudo isso me conduziu a um projeto mais simples, mas não menos importante ou trabalhoso: traduzir prólogos dos livros mais conhecidos de Ranke. Aqueles pequenos textos introdutórios nos quais ele apresenta
A história deste livro carrega as marcas dos combates pelo patrimônio em tempos de (re)existência. Em larga medida o livro sinaliza um (re)posicionar fundamentado de historiadoras e historiadores que, de diferentes lugares institucionais e representatividade regionais aceitaram o convite para pensar o lugar da história e o papel social da historiografia em contextos distintos de embates políticos e sociais atravessados pelas (im)pertinências do campo do patrimônio cultural na contemporaneidade.
Inscrita na retomada das reflexões sobre a profissão de historiador(a), os artigos da coletânea mobilizaram para o debate as múltiplas camadas de sentidos que revestem o patrimônio frente às novas formas de resistências e urgências de uma epistemologia para tempos de golpes, ataques ao patrimônio e desmonte da democracia. Entre posicionamentos públicos e gestos de resistência o livro coloca-se em perspectiva com os movimentos Historiadores pela democracia, Professores contra o escola sem partido e o Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro.