O adjetivo que pulsa na expressão história pública talvez diga menos respeito a uma qualidade inata de certo tipo de produção histórica do que a uma disposição de agir
e transformar a própria história, seja como saber ou processo.
Essa é uma chave para a compreensão da impressionante heterogeneidade das práticas que mobilizam a rubrica história pública e seus aparatos conceituais, metodológicos e políticos . Heterogeneidade à qual este delicioso livro, Fazendo história pública, é exceção e é regra.
Nele descobrimos como questões relevantes, no presente, acionam a perspectiva histórica e divisam na história pública o dispositivo para agir na renovação das práticas museais, na tonificação da atividade arquivística, na elaboração de passeios e roteiros guiados que liquefazem as supostas certezas de uma memória urbana coagulada. Acompanhamos o historiador atuando na consultoria, na renovação curricular, na história oral, na produção de conteúdo para plataformas digitais –em
um meio que projeta a educação histórica para o espaço coletivo e compartilhado.
Excepcional neste volume é a reunião tão oportuna de relatos de experiências concretas. Sucedendo especulações, propostas e debates necessários, feitos com rigor e sistemática, eles exibem a história pública em sua melhor forma: uma prática reflexiva, participativa e comunicativa, nunca antiteórica.
A tentação de afirmar este livro como uma janela para a prática vivaz e complexa da história pública, antes de uma metáfora, é uma redundância reveladora. Os historiadores que se mostram Fazendo história pública trabalham com janelas e
portas abertas.
Dimensões:
23x15,5 cm
Páginas:
213
Edição:
1ª
Primeiras Páginas:
PDF
Fazendo História Pública
- Modelo: Livro
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