A pressuposição da Europa como sujeito teórico do conhecimento implica a fixação de um ponto de observação, a hybris do ponto zero, que passa a ser o marco fundamental de imposição da distância temporal para outros espaços. Fica estabelecido, de tal forma, o vínculo indissolúvel desse modo de conhecimento com a expansão territorial e simbólica da Europa. É o que leva Rufer a investigar, portanto, qual a relação existente entre as concepções de tempo, as articulações modernas da nação e os ordenamentos políticos da experiência. Reconhecendo a precedência de Benedict Anderson e François Hartog na colocação do problema, Rufer explora de modo mais profundo o modo como as noções de tempo que regem os discursos históricos na modernidade guardam uma insolúvel dimensão política, em particular na formulação da nação moderna, enquanto entidade individualizada e que se arroga o direito de distribuir quais histórias seriam possíveis, desde que explicitamente nacionais.
- EDITORA: MILFONTES
- IDIOMA: PORTUGUES
- CAPA: BROCHURA
- PÁGINAS: 100
- ANO DE PUBLICAÇÃO: 2024
- EDIÇÃO: 1ª
- ISBN: 9786553890794
- TIPO DE PAPEL: OFFSET 75G
- AUTORES: CHRISTIAN DELACROIX (FRA)
- COLEÇÃO FRONTEIRAS DA TEORIA VOL. 7