Entre diversas transformações drásticas, as tecnologias digitais têm produzido a vertigem da ubiquidade e da instantaneidade. Assistimos a história se fazer e se desfazer ao vivo na tela do celular. Assim se deu com o assassinato de George Floyd, evento trágico que desencadeou sucessivas ondas sísmicas de protesto antirracista mundo afora. Regimes ditatoriais caem e com eles, não raro, seus monumentos memoriais. Estratificações de sentido acumuladas ao longo do tempo convertem, segundo Paul Ricoeur, acontecimentos ruidosos em eventos supersignificados, cheios de força política e cultural, inscrevendo a memória e o esquecimento na ordem política do dia. Mas, como ensina Tzvetan Todorov, a memória não se opõe ao esquecimento – termos que, por sinal, contrastam as ações de apagar e conservar – afinal: “a memória é sempre e necessariamente uma interação dos dois”. O tempo presente está a exigir de historiadoras e historiadores posicionamento e reflexão. Esta coletânea responde brilhantemente às demandas atuais, tanto intelectuais quanto políticas. Ela reflete o desafio e sobre o desafio ora colocados à profissão. Se o que nos cabe como especialistas é a busca do sentido do passado como história no presente ou o ativismo historiográfico. E entre as duas possibilidades, a virtude (epistêmica) estará sempre no meio.
- EDITORA: MILFONTES
- IDIOMA: PORTUGUES
- CAPA: BROCHURA
- PÁGINAS: 288
- FORMATO: 23X16 CM
- ANO DE PUBLICAÇÃO: 2021
- EDIÇÃO: 1ª
- ISBN: 9786553890015
- TIPO DE PAPEL: POLEN SOFT 80G
- ORGANIZADORES: CRISTINA MENEGUELLO; JULIO BENTIVOGLIO
CORPOS E PEDRAS: ESTÁTUAS, MONUMENTALIDADE E HISTÓRIA
SKU: 9786553890015
R$ 45,90Preço